sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Drogas e Arte

Há muito tempo vem sendo discutido a legalização de drogas no Brasil. A justificativa clássica para legalizá-las é: acabar com o tráfico. De fato, acabaria. A legalização, no entanto, não acabaria com o vício. Também não faria com que aumentasse o número de viciados nem nada assim, porque a única diferença para eles, no caso, seria poder comprar um baseadinho ali na esquina à luz do dia.

Maconha, por exemplo, é usada em alguns países para tratamento de glaucoma. Também estão sendo feitos experimentos usando-as no tratamento de doenças psíquicas, tais como esquizofrenia, síndrome do pânico, e outras doenças que apresentem como sintoma algum pico de ansiedade.

Algumas religiões usam drogas como uma maneira de entrar em contato com o divino. Uma vez li um livro chamado A Cientista que Curou o Próprio Cérebro, que retratava a história verídica da autora (que por um acaso eu não lembro o nome) que teve um derrame no lado esquerdo do cérebro, lado que controla o lado direito do corpo, funções como pensamento lógico e competência comunicativa. Há uma parte do livro que ela conta que quando teve o AVC, ela ligou para alguém do serviço -- ela é médica --, e, apesar dela ter reconhecido a voz do colega, ela entendia ele como se ele fosse um golden retriever falando. Mas, ela conta que o tempo todo ela sentia uma paz tão grande que ela quase nem se importava de estar tendo um derrame.

Drogas alucinógenas são só uma porta para o hemisfério direito, o lado feliz do cérebro que controla funções criativas. Artistas talvez as usem para ter melhor desempenho em sua arte e para ficarem meio doidos também. Como a maioria dos artistas usam com mais frequência o lado direito, talvez esse seja o motivo deles serem pessoas mais loucas pacíficas.

Na década de 1960, auge do movimento hippie, nasceu a arte psicodélica. Esse tipo de arte é inspirada no uso de drogas alucinógenas, retratando a experiência em forma de, normalmente, pinturas. Foi muito usada em cartazes de shows, capas de discos, murais, HQs, e jornais underground.







E tem os caras ainda mais da hora que usam pílulas pra fazer retratos de artistas com problemas com drogas (ilícitas ou não), tipo o Jason Macier.





Um comentário:

  1. Incrível essa reportagem, a escritora que teve um derrame é a PHD Jill B. Taylor. Tem o vídeo no youtube "derrame de lucidez". Só acho que faltou na reportagem uma conclusão, um ponto a ser defendido sobre como acessar o lado direito do cérebro e viver melhor e mais feliz o momento do aqui agora. Tenho algumas sugestões e gostaria de divulgar, favor contate-me lauize@gmail.com, aguardo.

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